Renato Rogenski
23 de julho de 2019 – 14h54
Logo após uma edição de Copa do Mundo feminina que bateu todos os recordes em termos de audiência, engajamento e que, de quebra, propagou muitas mensagens em favor da equidade de gêneros, o debate sobre o machismo no futebol volta a ser pauta nas redes sociais e em alguns dos principais veículos de imprensa no Brasil. A discussão foi reaquecida após um vídeo publicado no Twitter pelo perfil oficial do Goiás Esporte Clube, clube da série A do Brasileirão masculino.
A produção, desenvolvida para promover o novo uniforme do time, mostra duas mulheres em uma espécie de ensaio sensual, o que chamou a atenção do público nas redes e também de parte da imprensa. Na manhã desta terça-feira, 23, o assunto foi abordado, inclusive, no Programa Encontro com Fátima Bernardes, na Rede Globo. “Se queriam usar as mulheres, porque não colocaram o time feminino do Goiás, já que todas equipes hoje, no Brasil, têm, por determinação, que ter um time feminino”, comentou a apresentadora.
Procurada, a assessoria de imprensa oficial afirmou que o clube não se manifestará sobre a repercussão do vídeo. Recentemente, o time esmeraldino rompeu o contrato que tinha de fornecimento de material esportivo com a Topper. O uniforme exibido na publicação é o primeiro fabricado pelo próprio clube. No espaço reservado ao logo da fornecedora de material esportivo o Goiás tem usado a marca 33, que remete ao início do clube, quando os adversários o chamavam de forma depreciativa de Clube dos 33, em referência ao pequeno número de torcedores.