Não por acaso, 14,21% das martechs mapeadas pelo estudo “Startup Landscape: Martechs”, realizado pela Liga Ventures em parceria com o Mundo do Marketing, se dedicam ao desenvolvimento e distribuição de tecnologias de CRM. No mesmo contexto, 13,68% das startups avaliadas se encaixam no setor de infraestrutura digital e 11,05% em automação de Marketing.
O levantamento, que mapeou 380 startups de Marketing ativas, aponta que o escopo das martechs brasileiras abrange outras 12 categorias cruciais para as práticas publicitárias modernas, como Marketing de conteúdo (8,95%), monitoramento de redes sociais (3,95%) e análise de SEO (2,37%).
O estudo também descobriu que o início do período de atuação destas startups é recente. Cerca de 22% das martechs avaliadas foram criadas entre 2019 e 2022. Analisando apenas as operações ativas fundadas entre 2020 e 2023, o estudo aponta que as novatas se encaixam majoritariamente no setor de infraestrutura digital (24%). Marketing de conteúdo (17%), CRM (11%), fidelização de clientes (9%) e prospecção e geração de leads (7%) engrossam a lista de campos comuns de atividade.
Avaliando o leque de serviços oferecidos pelas martechs, Guilherme Massa, cofundador da Liga Ventures, conclui que as soluções entregues pelas startups permitem às companhias otimizar suas operações de Marketing, aprimorar a experiência do cliente e impulsionar os resultados, possibilitando que as empresas se mantenham competitivas em um mercado cada vez mais orientado por dados.
Investimentos, maturidade e tecnologia
Entre janeiro de 2022 e setembro de 2023, as martechs protagonizaram 35 deals que movimentaram cerca de R$ 482 milhões. As startups de fidelização de clientes (29%) e infraestrutura digital (23%) tiveram a maior participação no montante total investido no período.
O estudo também se propôs a analisar a maturidade das martechs mapeadas. Neste recorte, 56% foram classificadas como emergentes, termo designado para agrupar startups já estabelecidas no mercado e que estão buscando novas formas de atuação e/ou estão expandindo sua base de clientes.
Apenas 10% das martechs avaliadas alcançaram o nível de disruptoras, classificação que descreve startups lançadas a pouco tempo no mercado e que oferecem soluções e produtos capazes de alterar o status quo. Na sua grande maioria, estas operações já encontraram seu product market fit e transitam entre estágios de ganho de escala.
Com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se API (28%), Data Analytics (27%), Dashboard (21%), Relatórios Automatizados (16%) e Big Data (12%). De forma geral, esse aparato é destinado à construção de soluções voltadas para o mercado B2B, foco estratégico de 93% das martechs avaliadas pelo estudo.
Considerando estas variáveis, Bruno Mello, fundador do Mundo do Marketing, avalia que, atualmente, empresas não podem se dar ao luxo de não contar com os serviços de uma martech, uma vez que o atual panorama de mercado exige o amadurecimento imediato das companhias quando o assunto é tecnologia de Marketing.
O mapeamento foi realizado a partir de diversas fontes de dados, como próprias da Liga Ventures, estudos públicos, eventos da Liga Ventures, monitoramento da imprensa, recomendações de parceiros externos, bases abertas, indicações diretas, busca ativa de startups, LinkedIn e Dealbook.
Veja o Estudo completo “Startup Landscape: Martechs”, realizado pela Liga Ventures em parceria com o Mundo do Marketing: