Os brasileiros consideram pagar valores 5% a 20% mais altos do que o comum por produtos e serviços que realmente façam ações efetivas em ESG – provando-as de forma efetiva. Quando o assunto é a proteção do meio ambiente do Brasil, assinalada pelo E (Ecoambiental), o número de brasileiros que consideram aceitáveis os gastos mais elevados chega a 59%, conforme aponta o Indicador Impacto ESG no Varejo, estudo desenvolvido pelo IDV e realizado pela Mosaiclab.
O tema ESG virou farol para atrair consumidores cada vez mais atentos, conectados, impactados e, porque não dizer, preocupados com as necessidades da sociedade e do planeta. Assim define a pauta Mari Soccodato, Head de negócios da consultoria de marca e experiência Gad.
A consultoria é a responsável pelo estudo que mostra que mais da metade dos brasileiros está disposta a pagar mais por produtos e serviços que façam a diferença na pauta ambiental, social e de governança. Essa disposição, naturalmente, se estende a diferentes camadas e classes sociais, abrangendo o país como um todo.
Classe C olha para o social
De volta ao estudo divulgado pela Gad, dados coletados pela consultoria em uma análise demográfica detectaram algumas particularidades da Classe C. Enquanto muitas empresas relacionam o conceito total de ESG à sustentabilidade, pontos específicos, especialmente aqueles ligados ao S (social), destacam-se aos olhos da Classe C.
Para este perfil de consumidores, que no Brasil representa 30,3% dos domicílios em 2023, de acordo com levantamento da consultoria de dados econômicos Tendências, são consideradas ações importantes de investimentos ESG aquelas relacionadas à empregabilidade, como o incentivo ao pagamento de salários justos para seus colaboradores, e ações que criem mais oportunidades de emprego.
O tema respeito e dignidade também ganha relevância, como em ações que reforcem a importância de respeitar seus clientes, independente de perfil ou origem, bem como as iniciativas que incentivem a aceitação e respeito na sociedade em relação à diversidade de gênero, raça, idade, orientação sexual etc. Consumidores da Classe C também valorizam ações que auxiliem no acesso da população carente à moradia com dignidade, o que envolve saneamento básico e energia elétrica, por exemplo.
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