As novas gerações de criadores de conteúdos nas redes sociais já estão entre nós, mas somente um olhar mais analítico pode perceber o quanto eles estão ditando tendências em todas as áreas. Os novos criadores são mais do que pessoas, eles representam grandes movimentos de impacto em toda a creator economy.
A nova geração de creators e a era da avatarização são os possíveis futuros da influência, aponta Pedro Alvim, Diretor de Redes Sociais e Economia Criativa do Magazine Luiza em palestra no RD Summit 2023.
Os primeiros, são os Fãs Profissionais. Eles representam uma legião de perfis nas redes sociais que criam conteúdo e, sobretudo, engajam em prol de uma celebridade ou mesmo influencer, multiplicando o alcance e o engajamento. Um exemplo são os fãs da cantora Anitta, conhecidos como Anitters, ou as torcidas organizadas em tempos de Big Brother. “Quando você contrata uma celebridade, há inúmeros fãs clubes que repercutem tudo que essas pessoas fazem”, explica Alvim.
O segundo grupo da nova geração são os Creators de Bastidores. Eles praticamente não aparecem, não estão fazendo “dancinha no tik tok” ou reportando o seu dia a dia no instagram, mas estão onipresentes em todos os lugares ao mesmo tempo. Os creators de bastidores são responsáveis por criarem, por exemplo, filtros que viralizam. “Eles estão orientando a criação de conteúdo nas redes sociais e já estão sendo observados pelas marcas porque acabam ditando tendências”, afirma o Diretor de Redes Sociais e Economia Criativa do Magazine Luiza.
O terceiro perfil da nova geração de creators também representa um movimento, uma nova linguagem. São os Remixers. Mais do que reagir a um conteúdo inusitado, eles criam suas próprias versões de conteúdos antigos ou atuais, como por exemplo, a música da Anitta Girl from Rio, em alusão a Garota de Ipanema. “Não é um copia e cola, mas um copia e transforma”, analisa Alvim.
O quarto perfil de novos creators são os Executivos Influenciadores. Já que as pessoas engajam mais do que marcas, por que não o CEO ou fundador de uma empresa pode emprestar o seu perfil para promover a companhia? Casos recentes como dos irmãos João Adibe Marques (com 3,5 milhões de seguidores no Instagram) e Karla Marques Felmanas, controladores da farmacêutica Cimed, mostram o caminho: eles foram responsáveis por criar todo o burburinho em torno do lançamento Carmed Fini.
A quinta e não menos importante nova geração de criadores de conteúdo são os Avatares ou Virtual Influencers. Sim, é um caminho sem volta. Para além da Lu, do Magalu, com seus mais de 32 milhões de seguidores e com o título de maior personagem influenciador do mundo, o mercado global de avatares deve atingir uma receita superior a 527 bilhões de dólares até 2032.
Hoje, a Lu já gera receita para o Magazine Luiza. E não é pouco, uma vez que banca todos os custos de sua operação. “Só uma camisa branca da Lu, é mais cara que uma Chanel”, conta Pedro Alvim ao relatar os ainda altos custos das produções 3D. O que, certamente, vai evoluir, como a tecnologia de deepfake que tem impulsionado os virtual influencers. “Os avatares terão identidade e cidadania digital. Eles farão parte da nossa sociedade”, acredita o executivo. Por quê? 50% das pessoas no mundo já estão dispostas a segui-los.
“Influenciadores virtuais trazem mais brand safety para as marcas”, diz Pedro Alvim
Em bate-papo com o Clube Mundo do Marketing, o Brand and Social Media Senior Manager da Magalu avaliou a atuação dos avatares digitais no mercado de Influência. No entanto, para que um avatar chegue a se tornar um influenciador, de modo a impactar as decisões e os comportamentos dos consumidores de forma proativa, é preciso, primeiro, construir influência. “Não é possível criar, do dia para a noite, um influenciador. Porque a influência é um resultado, é a consequência da construção de uma comunidade própria somada à relevância que se constrói dentro dela”, adverte Alvim.
Após conquistarem relevância na comunidade na qual estão inseridos, os avatares digitais passam a oferecer uma série de vantagens às marcas que lhes dão vida. “Por serem 100% controláveis, os influenciadores virtuais trazem mais brand safety para as marcas. Por exemplo, eles não serão os autores de um tweet polêmico, fora dos guidelines da empresa, que pode comprometer toda a reputação da marca”, prossegue.
Durante o bate-papo com o Clube Mundo do Marketing, Pedro Alvim trouxe insights sobre como as marcas podem melhorar seu desempenho nas redes sociais. Além disso, o Manager trouxe mais detalhes sobre o processo de criação da Lu.
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